quinta-feira, 31 de maio de 2012

Crime ambiental em Mesquita

Morador faz cômodo dentro do Rio do Socorro ignorando ordem judicial

A idéia de crime ambiental para muito de nós parece algo distante pois o contexto brasileiro enfatiza os desmatamentos e abusos contra a fauna. No entanto esse discurso pode estar mais perto do que imaginamos.  Nas áreas urbanas vemos um sem número de infrações cometidas por cidadãos comuns, bem diferentes da ação dos grandes latifundiárias da região Amazônica. O Brasil tem a maior floresta urbana do mundo e junto com ela vem a histórica ocupação de áreas nobres. Ocupação essa feita não somente por gente pobre mas, dependendo da área, principalmente por gente abastada financeiramente. Na Baixada Fluminense, exatamente por conta da ocupação desordenada a partir dos anos 80, vemos verdadeiras atrocidades pelos municípios da Região.


Casa com cômodo construído no rio


Em Mesquita, o que foi um flagrante de despeito, depois de exatos dez anos está sendo demolido como exemplo do que é possível no cumprimento da Lei. O cidadão conhecido como Sr. Alex vem sendo processado desde 2002 quando ocorriam as obras do Programa Nova Baixada. Na ocasião, o morador impediu a demolição de parte de seu imóvel que fora edificado literalmente dentro Córrego do Socorro, divisa entre os bairros Chatuba e Edson Passos. Com a decisão favorável ao Município, a parte do imóvel situado dentro do córrego foi posto abaixo por equipes da Defesa Civil e da Secretaria de Obras.
“Quando eu assumi meu cargo aqui na Prefeitura o processo já estava em andamento. Por ser policial e sempre receber os técnicos armado, o morador sempre impedia a ação, o que agora, com o auxílio do Ministério Público, foi finalmente possível” diz Daniele Peres, fiscal de Meio Ambiente.

Equipe da Defesa Cilvil e Secretaria de Obras na demolição


Segundo Jorge Peruá, também agente ambiental e morador de Mesquita desde nascido, é um costume dos moradores descartar dentro dos rios e córregos tudo o que não querem mais. “de cada dez caminhões de entulhos recolhidos dos rios, seis são de objetos domésticos como colchões e móveis”, diz Peruá, responsável por acompanhar das ações do Estado em toda bacia hidrográfica de Mesquita.
O fato é que os cerca de dezessete rios e córregos que fluem por Mesquita vêm recebendo o status de valão por moradores, daí a falta de respeito e vínculo afetivo com esses veios d’água. Infelizmente, a falta de consciência e informação leva a administração Pública a tomar atitudes mais contundentes.


O INEA tem sido uma importante parceria na regularização na situação dos rios em Mesquita. Jorge Peruá, Agente Ambiental e importante elo de ligação entre esse Órgão Estadual e a Prefeitura, diz ser uma luta diária a questão da preservação dos veios de água no município. "A população tem que contribuir. Não dá pra pensar que o rio não pertence a ninguém" diz Peruá.
As ações da equipe de fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente continuam.


Em parceria com INEA  Mesquita consegue minimizar o impacto
O rio foi desobstruido. No entanto, continua o despejo de esgoto

Página de uma publicação da Secretaria de Meio Ambiente - Cuidado especial com rios córregos

Defesa Civil, Guarda Municipal e Trânsito - auxílio no cumprimento da Lei

Uma articulação bastante positiva foi fundamental para resolver o problema de mobilidade da força de Segurança Pública do Município. 17 veículos foram doados pelo Governo do Estado à Prefeitura de Mesquita. Com um considerável tropa composta por Guarda Municipal, Agentes de Trânsito e agentes de Defesa Civil, faltavam veículos que possibilitassem o deslocamento desse efetivo, o que garantirá um efetivo apoio às ações administrativas, sobretudo de fiscalização e cumprimento das determinações que garantam cidadania e preservação de um ambiente seguro e saudável.
Veículos cedidos pelo governo do Estado - mais mobilidade e agilidade

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A Diferença entre violoncelo e contrabaixo

Violoncelo e contrabaixo - uma confusão antiga

Sou contrabaixista há uns vinte anos e é comum ouvir elogios ao som do “violoncelo” ao fim de uma apresentação minha. Aos não iniciados nos conceitos básicos da música bem como aos que nunca assistiram a uma audição de um conjunto de cordas , é impossível fazer a devida analogia e diferenciação entre violoncelo e contrabaixo, exatamente pela falta de contato - visual e sonoro - com os  mesmos. Neste artigo venho trabalhar exatamente as diferenças e afinidades entre esses dois instrumentos.

O livro Instrumentos da Orquestra, de Roy Bennett, de 1985 da Editora Jorge Zahar, é muito utilizado em aulas de iniciação musica, sendo então  a referência bibliográfica mais recomendada para esse tipo de assunto exatamente por possibilitar um bom entendimento das características básicas de cada instrumento individualmente, possibilitando um bom     entendimento ao leitor do que seja cada um deles. 




Contrabaixo no chamado "clássico" e no popular




Eu na Sinfônica da UFRJ (já faz muito tempo)               
com Pedro Portela em um bar na Pça. Mauá

Show de rap - contrabaixo com arco

Com o maestro Iracito ao Violoncelo, na Escola Municipal de Música de Meriti.
Orquestra Sinfônica de SJ de Meriti - Contrabaixo, Cello e violinos

Tanto o contrabaixo quanto o violoncelo são instrumentos construídos para utilização em orquestra. Somente a partir do período Moderno da história é que eles substituíram a viola da gamba e suas variantes, tão comuns até o fim da do período Medieval. Adequações foram feitas na França, de maneira que chegassem ao formato de hoje. O contrabaixo por exemplo, tomou esse formato menos abaloado para possibilitar os solos em regiões menos graves do instrumento e, da mesma forma, o violoncelo tomou esse formato para ficar um pouco mais parecido com o violino, que tem sua aparência atual desde muito mais tempo.

It's not a cello - quando o contrabaixista perde a paciência*


Ambos os instrumentos oferecem uma ampla utilidade na música tanto gênero popular quanto no erudito. A característica particular de ambos que utilizam bem a região grave, tendo amplas aplicações na região média onde o ouvido humano trabalho utilizando a maioria dos sons do ambiente, fazem com que esses dois instrumentos musicais sejam imprescindíveis em qualquer que seja o arranjo ou composição.
Além dessas definições técnicas de Roy Bennett, segue também uma série de vídeos que separei para ajudar a ilustrar a aplicação desses instrumentos bem como suas possibilidades sonoras.


Contrabaixo no erudito
Rinat Ibragimov – Concerto em Ré maior de Vanhal
Bottesini - solo
Contrabaixo popular
Ron Carter – música Blue note, de  Herbie Hancock
Conjunto de contrabaixos – Vienna 2005

Violoncelo erudito
Mstislav Rostropovich-Preludio Suite No. 1 para Cello de Bach
Kodaly Cello Solo Sonata, III Mov, Allegro Molto Vivace: Santiago Cañón

Violoncelo popular
Jaques Morelenbaum – Pecado, de Caetano Veloso
Yo Yo Ma – Brasileirinho

Blogs interessantes para pesquisar:
Contrabaixo
- Minha amiga Voila Marques
http://www.voilamarques.com/
Violoncelo
- Felipe Brandão
http://violoncelosdemaceio.blogspot.com.br/

https://www.wattpad.com/story/92013608-it%27s-not-a-cello

Meu contato: ivancultural@gmail.com 
UM GRANDE ABRAÇO! 

quinta-feira, 10 de maio de 2012

A Cultura na Copa


 MinC debate a inserção de arenas culturais na Copa 2014
Ministério da Cultura inova inserindo elementos da Cultura Popular Brasileira e manifestações artísticas regionais nas atividades paralelas à Copa 2014

Morgana Eneile em reunião do Grupo de Trabalho
Para a bola rolar nos campos dos estádios brasileiros na Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e na Copa das Confederações, em 2013, ainda falta tempo. Para as estratégias da cultura nacional para este período, no entanto, a bola já está em jogo e nesta terça-feira, 8 de maio, teve inicio a oficina de planejamento do grupo gestor da Cultura na Copa, realizada pelo Ministério da Cultura (MinC) com a participação de representantes das 12 cidades-sede.
Na abertura do encontro, em Brasília, o secretário-executivo do MinC, Vitor Ortiz, chamou a atenção para o que vem sendo noticiado na mídia a respeito da Copa do Mundo de Futebol no Brasil. Ele citou as preocupações com infraestrutura de transporte, aeroportos e hospedagem e questionou a falta de interesse no que se refere à imagem do país em termos da Cultura e características do povo brasileiro.
“Vamos jogar de uma forma objetiva, direta e arrojada para que possamos garantir a oportunidade que esse momento vai oferecer para abrir espaço para a expressão mais genuína da diversidade cultural brasileira. Essa é uma missão junto aos governos estaduais e municipais para que a área cultural esteja atuante neste momento importante da vida brasileira”, declarou Vitor Ortiz.

Planejamento
A intenção é que ocorram encontros mensais do comitê gestor e que a cada reunião sejam avançadas as metodologias, estratégias e ações. O grupo, que reúne os gestores culturais dos estados e municípios sedes da Copa e o Ministério da Cultura, volta a se reunir em 18 e 19 de junho. O grupo gestor foi criado para discutir ações específicas da area cultural aprovados na Câmara Temática de Cultura, Educação e Ação Social.
“Não daremos fórmulas prontas, há diretrizes e eixos norteadores, mas as formas de execução serão compostas ao longo desses encontros, pois cada estado tem suas realidades e essas especificidades serão levadas em conta ao longo do processo”, disse a coordenadora do Grupo de Trabalho Copa MinC, Morgana Eneile. Agora, os estados farão reuniões locais e a intenção é que, no próximo encontro nacional, já tenham indicações de locais dentro das cidades-sede que possam abrigar as Arenas Culturais. Cada sede deverá seguir sua realidade para a escolha.

Espaços coletivos
As Arenas Culturais serão espaços coletivos de convivência e fruição imersiva de conteúdos culturais, com base em quatro focos: Brasil Diverso; Brasil Audiovisual; Brasil Criativo e Brasil das Artes. A proposta é reunir em 12 espaços simultâneos mostras e circulação da produção cultural brasileira, seja ela na gastronomia, design, moda, dança, teatro, música, dentre outras áreas.
A proposta é de que a programação das Arenas seja compartilhada e composta de 50% de atrações nacionais e 50% de atrações locais selecionadas em editais públicos, em circulação pelos espaços. “Sem dúvida, as Arenas Culturais serão espaços de promoção e difusão de nossa diversidade cultural. O turista que estiver em Manaus ou em Porto Alegre terá a oportunidade de comer acarajé, dançar catira, enfim, ter contato com as mais variadas expressões culturais de nosso país”, enfatizou Débora.
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fonte:
*Câmara Temática de Cultura/Copa 2014
* MinC

terça-feira, 8 de maio de 2012

Mesquita realiza Passeio Histórico Cultural

A Secretaria Municipal de educação do Município de Mesquita tomou uma iniciativa extremamente relevante para a preservação de nossos valores históricos. Em um roteiro dinâmico e expositivo em forma de passeio com a orientação do professor Tuna (Antonio Carlos) são apresentados pontos relevantes da História da Município. Segue abaixo o conteúdo dessa atividade.


Professor Tuna mostrando uma urna Tupi 

A secretaria de Educação tem o prazer de convidá-los para participar do III Circuito Histórico Cultural do Município de Mesquita que os levará a conhecer um pouco mais do município onde trabalham.
Durante o circuito histórico, serão visitados “lugares de memória” do município, que guardam informações importantes da história local, proporcionando uma verdadeira viagem no tempo, de volta ao desbravamento das terras dos indígenas que aqui viviam, dos portugueses que desejavam colonizá-la e dos negros africanos que contribuíram com sua mão-de-obra e inteligência para erguer a empresa colonial, início de tudo.
As aulas-passeio têm como público-alvo Professores Coordenadores Pedagógicos (PCPs) e demais docentes da rede e objetiva levar os profissionais a conhecer melhor a realidade dos seus alunos, através da história local e da interdisciplinaridade.
A primeira aula aconteceu nos do 04 de maio onde os professores visitaram a Igreja Nossa Senhora das Graças, a antiga capela da fazenda da cachoeira e a Gleba Modesto Leal, foi um sucesso! A próxima aula-passeio será no dia 22 de maio, em dois horários: de 07:30 as 11:30 e 13:30 as 17:30. Nesse dia serão visitados outros lugares do município. (programação a baixo)
Inscrições serão limitadas e feitas através do telefone: 3763-6044 / 3763-3616 (Professor Antônio Carlos) e/ou e-mail: projetoseducacao@mesquita.rj.gov.br
Será emitido certificado de 4h para os participantes.
 Na igreja N.S. das Graças - visão geral da Cidade

Os pontos de encontro/saída do ônibus serão sempre:
·    Dia 04/05 Paço municipal às 07:30 (turno da manhã) 
    e às 13:30 (turno da tarde)
·  Dia22/05 Praça da Telemar às 07:30 (turno da manhã) 
   e às 13:30 (turno da tarde)

Vídeos com partes do evento realizado no último dia 04 de maio 2012:
Quilombos na Baixada
http://www.youtube.com/watch?v=lBfWciJ2AKo
Nações indígenas
Casarão Dom Felipe e D. Eugênia
Com o professor Tuna e outras professoras da Rede Municipal


PROGRAMAÇÃO COMPLETA:
jacutinga: Genericamente chamados de “índios”, os jacutingas, fazem parte do tronco lingüístico tupi. O significado da palavra faz alusão a uma extinta ave bastante comum na região.

Casa da Laranja : Pertenceu a um austríaco que chegou aqui na década de 30 tornando-se o maior citricultor da região. Na década de 40 a produção de laranja decai e as terras são loteadas. A casa que serviu de residência para o austríaco conserva características arquitetônicas da época dos laranjais.

Olarias : Empreendimento que espalhou-se pela baixada , graças a excelente viscosidade de seu solo argiloso, no fabrico de telhas que eram despachadas para Corte e outras regiões de consumo.

Estação Ferroviária de Rocha Sobrinho  Sua construção foi iniciada em  02 de fevereiro de 1892, ligando o trecho que partindo do Rio de Janeiro ia ao encontro das margens do Rio Paraíba do Sul, para transporte do café. O transporte de passageiro foi inaugurado em 27 de julho de 1910, dentro do trecho conhecido como “Circular da Pavuna”, que obedecia em Barros Filhos, o comando da chave do desvio, paralelo aos trilhos.