Fitas vermelhas - ampla adesão da população
Os atos rituais ou simbólicos são comuns nas diversas sociedades, sejam elas munidas ou não de características globais. Digo, com características aceitas na sociedade ocidental. Ainda hoje vemos o mundo fazer uso de símbolos do passado para ilustrar atitudes em nossos dias. Veja o caso dos bombeiros presos no Rio de Janeiro. Toda sociedade, independente da classe social ou financeira aderiu às famosas fitinhas vermelhas, caracterizando uma verdadeira empatia.
No último dia primeiro de agosto, o maior ato em prol de moradia por parte do povo israelense associou essa luta à imagem de Che Guevara, maior símbolo de lutas por uma América Latina independente.
No Brasil, onde as três culturas que formaram nesta nação vêm de nações profundamente ligadas à imagens e simbolos, isso se tornou uma constante tanto na formação dos cidadão quanto na educação nos lares e instituições de ensino.
Segue abaixo a matéria, publicada no site (contribuição de Denise Rosendo)
O maior protesto por moradia da história de Israel
Por Ilan Lior , Gili Cohen , Jack Khoury, Nir Hasson, Yanir Yagna and Eli Ashkenazi - Haaretz
Mais de 150 000 pessoas tomam as ruas de Israel no maior protesto por moradia da história do país. Manifestações ocorreram em mais de 10 cidades ao longo de Israel, exigindo baixa nos custos da moradia; grupos de árabes e judeus se
juntaram pela primeira vez desde as manifestações começaram, há 16 dias. O maior protesto ocorreu em Tel Aviv, onde milhares marcharam do Parque HaBima ao Museu de TelAviv. “Estamos muito felizes em ver o povo israelense ir para as ruas”, disse Yonatan Levy, um dos organizadores.
Manifestantes israelenses - simbolo de outra cultura, mesmo objetivo
Mais de 100 000 pessoas tomaram as ruas no sábado para protestar contra o aumento desmesurado do preço das moradias em Israel. Marchas e passeatas tomaram 11 cidades pelo país, com as maiores manifestações ocorrendo em Tel Aviv, Jerusalém, Be’er Sheva e Haifa. Os manifestantes gritavam “o povo quer justiça social” e “queremos justiça, não caridade”.
O maior protesto ocorreu em Tel Aviv, onde milhares marcharam do Parque HaBima ao Museu de TelAviv. “Estamos muito felizes em ver o povo israelense ir para as ruas”, disse Yonatan Levy, um dos organizadores. “Estamos impressionados em ver ao longo do dia que as questões que foram levantadas em diferentes
níveis e em diferentes cidades não são tão remotas entre si, de jeito nenhum”.
Em Haifa, 8 000 pessoas marcharam pela cidade. Em Jerusalém, 10 000 manifestantes marcharam do Parque do Cavalo até a casa do Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu. Em Be’er Sheva, 3 000 manifestantes marcharam com cartazes dizendo “Be’er Sheva gritando sete (Sheva é a palavra hebraica para o número sete)”.
Em Ashdod, manifestantes marcharam a partir do Parque da Cidade. Algo como 150 pessoas se reuniram na cidade das barracas de Ashdod a caminho da grande marcha. Estudantes de Beit Barl marcharam da cidade das barracas em Kfar Sava para o entroncamento central Ra’anna.
Pela primeira vez desde que os protestos começaram, há 16 dias, houve um protesto envolvendo tanto judeus como árabes num lugar no centro de Nazaré. Em Kiryat Shmona 1999 manifestantes marcharam na principal via da cidade, em direção à saída sul da cidade.
Muitos músicos proeminentes fizeram shows nas ruas, inclusive Hemi Rodner, Dan Toren, Yehuda Poliker, Barry Sakharov, Yishai Levi, Aviv Geffen e outros.