sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Memória da militância - A luta pelo Passe Livre


Macedo de Moraes e Ivan Machado no calçadão de N. Iguaçu, Taffarel observando

Essa imagem remonta um momento de nossas vidas em que militância e arte eram inseparáveis para muitos de nós na Baixada Fluminense.  Era 1998 e a luta pelo Passe Livre para os estudantes da Rede Pública de ensino movia a sociedade da época. Um ano antes de promulgada a Emancipação de Mesquita, era em Nova Iguaçu o local onde as manifestações aconteciam. Ao fundo, Taffarel, ainda estudante do “Segundo Grau” e ponta de lança do movimento que mobilizava milhares de jovens, adolescentes e crianças do Município mãe. Na condição de arautos de tudo que poderia representar liberdade de expressão, Macedo de Moraes e Ivan Machado não abriam mão de mostrar que também tinha algo a dizer naqueles tempos de imposição de silêncio e submissão ainda prolongados na Região. Hoje, seja na Gestão Pública na condição de artista ou agente cultural, Macedo e Ivan continuam influenciando as novas gerações e apostando nas novas promessas de mudança para melhor em Mesquita.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Audiência Pública do Sistema de Cultura na Baixada Fluminense/Beto Gaspari


A comissão de Cultura da ALERJ presidida pel Deputado Robson Leite, realizou com a produção e coordenação de Ana Lucia Pardo uma Audiência Pública dos Sistemas de Cultura da Baixada Fluminense, realizada na Câmara de Vereadores de São João de Meriti. A finalidade é criar a infra mínima para garantir a institucionalidade da Cultura para cada Município. Em um momento em que se consolidam os sistemas Estadual e Federal, é fundamental lembrar que os Municípios devem criar o chamado CPF da cultura (Conselho, Plano e Fundo Municipais).

Segue aqui os links com entrevista feita com Ana Lucia Pardo, Jandira Feghali, Augusto Vargas (Sec. Cultura de Nilópolis) e Beto Gaspari (músico e agente cultural).


http://www.youtube.com/watch?v=HTj2IeCOakk&context=C3340953ADOEgsToPDskJq4Si6U2Ap9pSaORm6zU4S

http://www.youtube.com/watch?v=SdO53jLyaD4&context=C35fb94cADOEgsToPDskJVCGu11pCPUl_0xspW_hD3

http://www.youtube.com/watch?v=Z_VivzjpvvI&context=C3ccb6c7ADOEgsToPDskI97x-DOPY8aXb9K_XMi77M

http://www.youtube.com/watch?v=i9nXX79RroU&context=C3ca6d08ADOEgsToPDskJEdzJfGV1Ljc9UFf6yp8I5

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Movimento Dança, a arte que liberta


Por conta de minhas atividades de estudo e pesquisa não pude, nos últimos meses, atualizar o blog. No entanto, várias matérias estão na agulha para serem postadas. Á primeira desta retomada é em relação ao movimento que um grupo de jovens dançarinos realizam em Mesquita chamado DANÇA, A ARTE QUE LIBERTA. Liderados por Gil Wanderson, professor de dança, com a qual está envolvido a 18 anos, dezenas de jovens de várias faixas etárias se reuniram no sábado, 17 de dezembro na Pça. João Luiz do Nascimento – também conhecida como Pça. Da Telemar – onde uma mostra dos diversos grupos foi realizada. No final, uma batalha de street dance fechou o encontro, que tinha como finalidade de divulgar as diversas modalidades da dança e oferecer uma alternativa de sociabilidade, atividade física e artística. Jovens da Rocinha, Complexo do Alemão, Campo Grande e Caxias engrossaram o evento que terminaram cedo por conta das chuvas. Gil vem buscando patrocínio na iniciativa privada para dar continuidade às oficinas que acontecem em Mesquita e Nova Iguaçu.

“não realizo essas atividades sozinho. Amigos vêm de bairros do Município do Rio como  Morro do Alemão, Chapéu Mangueira e também de bairros da Zona Oeste. Rolam as oficinas e depois uma disputada batalha onde os iniciantes percebem as possibilidades da dança.” disse Gil


Segue abaixo video contendo entrevista de Gil Wandserson, cedida no dia do evento na Pça. Luiz do Nascimento, conhecida como Pça. da LELEMAR.



quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Mesquita lança livro contando a história de suas ruas




Lançado no dia 10 de novembro, às 19h, no Paço Municipal, em frente à Prefeitura, na Rua Arthur de Oliveira Vecchi, 120, Centro, o livro Nossas Ruas têm História, se constitui na busca pela memória histórica e cultural de nossa Cidade, através da história das Ruas e da origem de seus nomes.

A ideia de contar a história das Ruas de Mesquita em um livro, começou em 2009, a partir da homenagem a dois ilustres ex-moradores, cujos logradouros levam os seus nomes. O Livro é uma parceria da Prefeitura de Mesquita com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, através do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural – INEPAC, que viabilizou a estrutura para execução do trabalho. Ele foi executado pela coordenadora de Gestão Participativa, Gisela Barros, com a colaboração de toda equipe. A diagramação e a arte-final ficaram por conta de Pedro Felipe Mendonça Fernandez e Cláudio Nogueira Silva; e a revisão foi efetuada por Seny Fonseca. A equipe de pesquisa, que atuou na maior parte do projeto foi composta por Denise Rosendo, Rafael Vilardo, Ivan Machado, Leonardo Azeredo e Bruno Baptista

Integra da matéria no site da Prefeitura de Mesquita. (Link abaixo)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

PLANO MUNICIPAL DE CULTURA - PMC: Mesquita convoca Audiência Pública de Cultura




A secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Mesquita publica em Diário Oficial a convocação da sociedade civil, classe artística e movimentos de cultura para a Audiência Pública que discutirá o Plano Municipal de Cultura e consequentemente o Sistema Municipal de Cultura. Conforme já publicamos aqui no blog, desde a primeira Conferência em 2008, se discute a necessidade de se apresentar um sistema de Leis que possibilitem dar identidade às ações culturais e os fazeres artísiticos na cidade. Desde aquele momento até agora outras demandas foram surgindo, bem como soluções possíveis, tais como as alternativas referentes a utilização do espaço público para fins de produção e fruição do fazer artístico.
Está aí mais uma oportunidade de dar alguma dinâmica para a política cultural de Mesquita. Vamos juntos participar, divulgar e acompanhar.
Espaço Setor BF - exemplo de utilização de espaço alternativo

O Centro cultural Oscar Romero teve início como biblioteca comunitária

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Mesquita cancela Hino do Município




Em 2008 foi lançado Edital que regulamentava o concurso para escolha do Hino de Mesquita. Lembrando que a Emancipação se deu em 1999, tardiamente foi realizado o referido certame. Concorrendo com mais uma meia dúzia de outras canções, Wilsinha Sarava, compositor de renome no samba, foi então contemplado. Todavia, o segundo colocado apresentou trechos que, segundo o entendimento da banca examinadora, deveria constar do canto Oficial. Daí surgiu o pomo da discórdia.

Após alguns anos e uma série de contratempos e equívocos, a Prefeitura de Mesquita publicou hoje, 11 de agosto de 2011 a anulação do concurso de 2008 para escolha do Hino do Município. Alguns erros básicos foram cometidos como a ausência de uma consultoria técnica prévia para o elenco de critérios bem como a devida orientação aos compositores participantes e um claro entendimento do Edital. Um último e importante equívoco foi a aglutinação de trechos de músicas concorrentes, o que possibilitou recurso à justiça por parte de um terceiro concorrente.

Segue abaixo a íntegra da publicação em D.O.

É possível acessar o Diário Oficial do Município pelo portal da Prefeitura:

www.mesquita.rj.gov.br


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A força dos símbolos nas lutas sociais e políticas
























Fitas vermelhas - ampla adesão da população

Os atos rituais ou simbólicos são comuns nas diversas sociedades, sejam elas munidas ou não de características globais. Digo, com características aceitas na sociedade ocidental. Ainda hoje vemos o mundo fazer uso de símbolos do passado para ilustrar atitudes em nossos dias. Veja o caso dos bombeiros presos no Rio de Janeiro. Toda sociedade, independente da classe social ou financeira aderiu às famosas fitinhas vermelhas, caracterizando uma verdadeira empatia.
No último dia primeiro de agosto, o maior ato em prol de moradia por parte do povo israelense associou essa luta à imagem de Che Guevara, maior símbolo de lutas por uma América Latina independente.
No Brasil, onde as três culturas que formaram nesta nação vêm de nações profundamente ligadas à imagens e simbolos, isso se tornou uma constante tanto na formação dos cidadão quanto na educação nos lares e instituições de ensino.
Segue abaixo a matéria, publicada no site (contribuição de Denise Rosendo)

O maior protesto por moradia da história de Israel

Por Ilan Lior , Gili Cohen , Jack Khoury, Nir Hasson, Yanir Yagna and Eli Ashkenazi - Haaretz

Mais de 150 000 pessoas tomam as ruas de Israel no maior protesto por moradia da história do país. Manifestações ocorreram em mais de 10 cidades ao longo de Israel, exigindo baixa nos custos da moradia; grupos de árabes e judeus se

juntaram pela primeira vez desde as manifestações começaram, há 16 dias. O maior protesto ocorreu em Tel Aviv, onde milhares marcharam do Parque HaBima ao Museu de TelAviv. “Estamos muito felizes em ver o povo israelense ir para as ruas”, disse Yonatan Levy, um dos organizadores.

Mais de 100 000 pessoas tomaram as ruas no sábado para protestar contra o aumento desmesurado do preço das moradias em Israel. Marchas e passeatas tomaram 11 cidades pelo país, com as maiores manifestações ocorrendo em Tel Aviv, Jerusalém, Be’er Sheva e Haifa. Os manifestantes gritavam “o povo quer justiça social” e “queremos justiça, não caridade”.

O maior protesto ocorreu em Tel Aviv, onde milhares marcharam do Parque HaBima ao Museu de TelAviv. “Estamos muito felizes em ver o povo israelense ir para as ruas”, disse Yonatan Levy, um dos organizadores. “Estamos impressionados em ver ao longo do dia que as questões que foram levantadas em diferentes
níveis e em diferentes cidades não são tão remotas entre si, de jeito nenhum”.

Em Haifa, 8 000 pessoas marcharam pela cidade. Em Jerusalém, 10 000 manifestantes marcharam do Parque do Cavalo até a casa do Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu. Em Be’er Sheva, 3 000 manifestantes marcharam com cartazes dizendo “Be’er Sheva gritando sete (Sheva é a palavra hebraica para o número sete)”.


Em Ashdod, manifestantes marcharam a partir do Parque da Cidade. Algo como 150 pessoas se reuniram na cidade das barracas de Ashdod a caminho da grande marcha. Estudantes de Beit Barl marcharam da cidade das barracas em Kfar Sava para o entroncamento central Ra’anna.


Pela primeira vez desde que os protestos começaram, há 16 dias, houve um protesto envolvendo tanto judeus como árabes num lugar no centro de Nazaré. Em Kiryat Shmona 1999 manifestantes marcharam na principal via da cidade, em direção à saída sul da cidade.


Muitos músicos proeminentes fizeram shows nas ruas, inclusive Hemi Rodner, Dan Toren, Yehuda Poliker, Barry Sakharov, Yishai Levi, Aviv Geffen e outros.

domingo, 17 de julho de 2011

Do gozo a desmistificação - Um caminho para prática teatral



por Lino Rocca*


Este texto nasce a partir da leitura de uma palestra dada pelo filosofo francês de origem argelina Louis Althusser num encontro com o importantíssimo Teatro Piccolo de Milão no meados de 1969 abordando os pensamentos de Marx e Brecht e entendendo-os como exercícios de duas práticas inovadoras. Segundo ele é evidente que Marx de um lado, e Brecht, de outro, identificaram que a Filosofia e o Teatro têm profundas relações com as Ciências, de um lado, e com a Política, de outro.

Para Althusser Marx e Brecht compreenderam cada um à sua maneira, que a questão central da Filosofia e do Teatro era manter com a Política uma relação mistificada. Ambas as estruturas são fundamentalmente determinadas pela Política, e, contudo, fazem de tudo para negar essa determinação, ou melhor, para fingir que escapam dela. A Filosofia e o Teatro falam sempre para encobrir a voz da Política. E conseguem muito bem. Althusser diz: ”Elas existem apenas através dela, e ao mesmo tempo elas existem para suprimi - lá, justamente à qual elas devem sua existência”.

Para Althusser o resultado é bem conhecido: “a Filosofia passa seu tempo afirmando que não faz Política, que está acima dos conflitos políticos de classe, que se dirige a todos os homens, que fala em nome da Humanidade, sem tomar partido, ou seja, sem reconhecer o partido político que ela segue.” É o que Marx chamava de a “Filosofia que se contenta em interpretar o mundo”. Na realidade, nenhuma Filosofia se contenta em interpretar o mundo: toda filosofia é politicamente ativa, mas a maioria das filosofias passa seu tempo negando que sejam politicamente ativas. Elas dizem: nós não tomamos partido em política, nós nos contentamos em interpretar o mundo, em dizer o que ele é. E ai vale afirmação - quando alguém vem lhes dizer: “eu não faço política”, pode estar certo que esse alguém faz. É a mesma coisa com o Teatro.

Desta forma, percebe-se a Filosofia como uma produtora de objetos de consumo para um gozo especulativo, e por outro lado, percebe-se o Teatro como produtor de objetos de consumo para o gozo estético. Os filósofos acabam criando filosofias para o consumo e o gozo especulativo, os dramaturgos, e os diretores e atores, acabam criando o Teatro para o consumo e o gozo estético. A crítica da especulação-interpretação do mundo em Marx e a crítica do Teatro digestivo em Brecht são uma única e mesma coisa.

Então, Althusser afirma: “Daí deriva a revolução da prática em Marx e em Brecht. Não se trata de criar uma nova Filosofia, ou um novo Teatro. Trata-se de instaurar uma nova prática no interior delas, para que elas deixem de ser interpretação do mundo, ou seja, mistificação, e sirvam à transformação do mundo”. Portanto, o primeiro efeito dessas novas práticas é o de afirmar a destruição desta mistificação e não da Filosofia e do Teatro. É preciso então, reconduzir ambas ao seu verdadeiro lugar, para fazer aparecer essa mistificação como mistificação e, ao mesmo tempo, para mostrar a sua verdadeira função: a de transformar a Realidade e o Humano.

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Lino é um dos articuladores da cultura na Baixada Fluminense. Formado em teatro, fui Gestor de Cultura em Nova Iguaçu-RJ

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A nova família do mesmo Brasil

A família de Tasila do Amaral

O Direito Romano criou o que conhecemos e aceitamos até hoje como família. Um vínculo capaz de resguardar o direito a posse de bens aos que estão no seu seio, traz à nós algo muito mais profundo que um termo latino ("famulus" = 'domésticos, servidores, escravos...) que possibilita a seus entes garantir a permanência dos bens entre pessoas de vínculo direto, bem diferente do que vemos hoje não só entre nós brasileiros mais em muitas outras partes do mundo moderno.

Quando criança percebia a dificuldade com de minha mãe tentava se enquadrar ao conceito de família imposto pela igreja e pelo sistema legal da época, Haja visto que ela mesmo criava e sustentava sozinha os filhos. Era comum perceber que meu irmão recebia uma série de recomendações à noite, antes de todos dormirem, de maneira que ele seguisse tais normas no cuidado da casa e do irmão mais novo (eu, no caso) enquanto ela cumpria duas e à vezes três jornadas diária de trabalho, o que teve alguma amenidade com a chegada de minha avó, vinda da Bahia, quem assumiria então a função de co-gestora da família durante a semana. Era comum ouvir, durante as conversas informais com amigas, a recorrente afirmação: “você trabalha muito. precisa arranjar um marido!” Para meu orgulho, resistiu com bravura, sustentando, educando e entregando para a vida seus filhos, já devidamente preparados para isso.

Pintura de Debret retratando a hierarquia familiar do Brasil colônia

Mais de quarenta anos depois, é possível ver o Brasil ainda em conflito com sua realidade social, cultural e econômica, onde a família toma formas variadas sem que assumamos o rosto da maturidade nacional a cada vez que nos olhamos no espelho. Na semana passada, para exemplificar, deu-se aparentemente o desfecho sobre a decisão tomada pelo juiz Jeronymo Pedro Villas Boas, Juiz da 1ª Vara de Fazenda Pública de Goiânia, quando decidiu de forma arbitrária contra a união civil do casal Leo Mendes e Odílio Torres, contrariando a decisão do Supremo Tribunal de Justiça. Na ocasião, o magistrado afirmou que a União Estável fere o conceito de família previsto na Constituição Federal no § 3º do Art. 226 da Constituição Federal, que define:

É reconhecida como entidade familiar a convivência duradoura, pública e contínua, de um homem e uma mulher, estabelecida com objetivo de constituição de família.

Todavia, existem diversos estudos que discutem o novo perfil da família moderna, que tem características diversificadas, em especial no Brasil. Um exemplo de modernização do sistema legal para adequação à realidade das relações familiares hoje é a chamada Lei Maria da Penha (da Lei nº 11.340/06). O jovem advogado mineiro João Rodholfo, considera da seguinte maneira a aplicação da referida lei nessas questões:

Embora, em alguns pontos, a sociedade continue com a mentalidade machista, o fato é que a mulher passou a exercer um papel cada vez mais ativo dentro do lar familiar; o sustento passou a ser um dever de ambos e os papeis de ativo e passivo se revezam. Isto é, ora manda o homem ora manda a mulher. No Brasil, muito já se avançou desde adoção do Estado laico. A Constituição Federal de 1988 trouxe grandes inovações ao ordenamento jurídico nacional, passando a considerar a união estável como unidade familiar entre homem e mulher ou entre qualquer um dos pais e seus descendentes. Com isso, fora dado o ponta pé inicial para a implantação do novo conceito de Família, ou seja, o casamento deixou de ser sua única fonte, dividindo esse status com outros institutos. Logo, essa seara tornou-se fértil para as discussões doutrinárias e legislativas que deram origem a várias legislações especializadas em proteger a família originada em qualquer um dos novos arranjos.

A Lei Maria da Penha respalda inclusive um dado que o IBGE já apresenta a duas décadas, que é o constante aumento de idosos que sustentam suas famílias. Os números são de maneira notória mais altos nas camadas mais baixas da população. Porém, se refletem em todas as demais. Em 2991, 4,3 milhões de idosos se enquadravam nessa caso, subindo para 6,4 em 2005, configurando um aumento de cerca de 50% em menos de quinze anos. O senso 2000 mostra que o número de netos e bisnetos que moram com os avós, subiu para 52,4% em relação a pesquisa anterior. Um outro nicho de onde é possível perceber a atual realidade nacional está contido nos indicadores sociais do Programa Bolsa Família, que corrobora tanto o fato quanto os números, ainda mais acentuados no Nordeste do Brasil, onde a porcentagem chega a quase 80%.

O Programa Bolsa Família - Gestão matriarcal

Uma outra questão, retomando a primeira abordagem feita aqui, é a religiosa. Desde o vínculo da igreja com o Estado, herdado do modelo romano, temos a figura do pai não apenas como personagem principal mas também o filho como a única figura capaz de formar uma nova família quando adulto, relegando a filha a condição de membro de uma outra quando casada. Ainda é atribuído a Deus a imposição de uma união que deve ser heterogênea. Logo, no campo do divino não há discussão e não há união “abençoada” sem o aval da igreja, o que coloca qualquer configuração familiar à margem da sociedade e não apenas a atual união estável entre Mendes e Odilon em Goiás.

União Estável - fato que rebe mais atenção que outras

Lulu Santos e Nelson Mota proferiram um verdadeiro resumo das relações inter pessoais e da cultura quando cantam “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia”. Eu gostaria muito de assistir Os Herculoides na TV aos domingos a tarde, devido a mesmice televisiva dos canais abertos. No entanto, sei que a prioridade da mídia é outra nos dias de hoje. Sei que tudo muda o tempo todo no mundo e não é minha vontade minha vontade de assistir bons desenhos animados com ótimas trilhas sonoras o que vai fazer o mundo ficar do meu jeito, só pra me agradar. Agora, observando bem, me lembro que até mesmo o bom e velho desenho animado refletia aquele formato padrão de família unida, o que de fato não nos pertence mais. E na verdade, seremos menos doentes se não pensarmos em acomodar o mundo ao nosso bel prazer.


Os Herculoides - reprodução do padrão de família nos anos 70

O mandachuva - Exemplo "engraçado" de relação familiar - sempre sob suspeita
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Fontes: Constituição Federal,
Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), IBGE, Cartilha Programa Fome Zero, Rodholfo, João - Direito de Família - nalei.com.br

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Folia de Reis Sete Estrelas do Rosário de Maria de D. Mariana indicada a Prêmio

No dia 03 de outubro, querta-feira, faleceu nosso maior símbolo da Cultura Popular na Baixada Fluminense. Essa moradora de Mesquita ajudou a elevar o nome de nossa cidade sem retorno algum. Apenas em prol da louvação e da fé, tão resente nas jornadas de sua folia que, ao longo desses 140, teve em D. Maria Ana sua maior defensora.

Sua benção, D. Mariana!


Foto publicada no livro FOLIAS DE REIS FLUMINENSES - Peregrinos do sagrado, publicado pela Secretaria de Estado de Cultura

A Folia de Reis sete Estrelas do Rosário de Maria, da Mestre Maria Anna, moradora do bairro Chatuba em Mesquita, está concorrendo ao Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro na categoria Patrimônio Imaterial.
A folia de dona Mariana (como é mais conhecida) concorre na com outros dois grupos. Confira os demais concorrentes e demais categorias no link abaixo:
http://www.rj.gov.br/web/sec/exibeconteudo?article-id=490688
A cerimônia de premiação será no dia 29 de junho, no Theatro Municipal
A Folia Sete Estrelas do Rosário de Maria promove um dos maiores e mais emocionantes encontros de Cultura Popular do estado do Rio de Janeiro, em atividade há 144 anos.
Uma matéria mais ampla foi postada aqui no meu blog, no início do ano, enfocando a festa de arremate dela. Confira no link:
http://ivanmachadoarte-educao.blogspot.com/2011/02/uma-grande-festa-da-cultura-popular-na.html

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Empresas de telecomunicação e telefonia contra ao Plano Nacional de Banda Larga

Rogério Santanna, do Planejamento à frustração na TELEBRAS

No dia 01 de junho foi veiculada na mídia a controvertida situação de Rogério Santanna, destituído da Presidência da TELEBRAS pelo Conselho Gestor daquela estatal após um ano de atuação no Setor, para o qual foi designado exatamente para implementar o Plano Nacional de Banda Larga.

O PNBL, em vigor desde o final de 2009, foi elaborado com a finalidade de regular e popularizar o acesso a internet de alta velocidade, sobretudo às comunidade atendidas precariamente, tendo como meta um total de 40 milhões de domicílios até 2014.

Segundo Santanna “teremos 500 cidades digitais até 2014 e isso somente será possível com a ajuda da iniciativa privada”. Infelizmente é aí que se inicia a odisséia. A TELEBRAS foi ressuscitada por Lula com a finalidade de dar peso institucional para o avanço na área de transmissão de dados em alta velocidade. Todavia, os interesses do mercado andam na contramão da evolução tecnológica voltada para o bem do cidadão comum. Sobretudo quando a geração de renda, que é a verdadeira Razão Social da grande maioria delas, é ameaçada. Lula admitiu ainda em 2010 que ficaria inviável uma a execução do Plano ainda naquele ano, devido a uma série de articulações que se fazia necessária, "As empresas não farão concessão se não houver pressão. Se acharem que o governo é um leão sem dentes, não farão nada" atacou Santanna quando percebeu o corpo mole das empresas, resistindo à execução do PNBL.

É notório o descaso com que as empresas de telefonia e de tecnologia em geral lidam com o mercado. Tomando como exemplo a antiga abordagem quanto a Baixada Fluminense e interior do Estado do Rio de Janeiro, invariavelmente somos qualificados como “mercado pouco rentável”, não justificando os investimentos para atender a demanda. Cabe a nós exercer nosso direito de pressão na direção contrária à que fazem conosco.

Segue abaixo o link para baixar e consultar o PNBL:

http://www.mc.gov.br/images/pnbl/o-brasil-em-alta-velocidade1.pdf

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Fonte: Ministério das Comunicações, G1 e Carta Capital

sábado, 14 de maio de 2011

JOÃO CÂNDIDO E OS 100 ANOS DA REVOLTA DA CHIBATA

OS ACONTECIMENTOS no Rio. 
O Comercio de Campinas. 
Campinas (SP), n.3115, 26 nov. 1910. Capa. (APESP)




João Cândido, o "Almirante Negro"

A SUPIR (Superintendência de Igualdade Racial) de S.J. Meriti, então coordenada pela minha amiga Leila Regina, em parceria com a Universidade Estácio daquele Município, realizou em uma segunda-feira, 16 de maio de 2010 das 08h30m às 16h, o SEMINÁRIO RAÍZES DA COR – 100 ANOS DA REVOLTA DA CHIBATA. Com o objetivo de discutir o legado de João Cândido, a sua influência no fortalecimento das Políticas de Ações Afirmativas e do Movimento Negro no Ano da Afro-descendência”.
Tive a oportunidade de conhecer parentes de João Cândido, no período em que atuei como arte-educador na Casa da Cultura, dirigida por Jorge Florêncio. Fui de fato um prazer enorme prazer conhecer de perto a história de um herói negro de nossos tempos, que morreu de velho, sem passar pelos martírios que acompanham nossos grandes nomes oriundos do povo.
João Cândido, cantado em prosa e verso por João Bosco, que inclusive teve sua letra caçada pelos militares no período da repressão, exatamente por enaltecer um “insurgente”, segundo a marinha do Brasil na época, tem sua maior homenagem hoje, na gestão Dilma, quando temos o primeiro navio petroleiro totalmente construído no Brasil que leva seu nome.
João Cândido, já idoso em Meriti

Revolta da Chibata
No dia 22 de novembro de 1910, João Cândido, ao assumir, por indicação dos demais líderes, o comando do Minas Gerais e de toda a esquadra revoltada, controla o motim, faz cessar as mortes, e envia radiogramas pleiteando a abolição dos castigos corporais na Marinha de Guerra brasileira. Foi designado à época, pela imprensa, como Almirante Negro. Por quatro dias, os navios de guerra Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Deodoro apontaram os seus canhões para a Capital Federal mostrando grande habilidade e conhecimento das possibilidades de manobras de guerra em um dos dois maiores  navios de combate  da  América Latina . No ultimato dirigido ao Presidente Marechal Hermes da Fonseca, os revoltosos declararam: "Nós, marinheiros, cidadãos brasileiros e republicanos, não podemos mais suportar a escravidão na Marinha brasileira". A rebelião terminou com o compromisso do governo federal em acabar com o emprego da chibata na Marinha e de conceder anistia aos revoltosos. Entretanto, no dia seguinte ao desarmamento dos navios rebelados, dia 27, o governo promulgou em 28 de novembro um decreto permitindo a expulsão de marinheiros que representassem risco, o que era um nítida quebra de palavra, uma traição do texto da lei de anistia aprovada no dia 25 pelo Senado da República e sancionada pelo presidente Hermes da Fonseca, conforme publicação no diário oficial de 26 de Novembro, levado ao Minas Gerais pelo capitão Pereira Leite.


João Candido, sendo conduzido preso


Em São João de Meriti inclusive, exatamente no Bairro Praça da Bandeira, foi postado um busto de nosso herói, o primeiro no Brasil, de modo a homenagear e eternizar na comunidade onde viveu e morreu a memória de nosso grande herói negro. O então Vereador Jorge Florêncio criou Projeto de Lei Municipal homenageando João Cândido.

A Academia contribuindo com a Memória

Álvaro Pereira do Nascimento é um historiador premiado por conta da relevância de sua pesquisa sobre os eventos que se antecederam à revolda de novembo de 1910 e que consta do acervo do Arquivo Nacional desde 2001. No Rio de Janeiro o jornal Folha de São Paulo publicou no dia 09 de fevereiro de 2002 um artigo muito importante apresentando a óbra do pesquisador, com assinatura da jornalista Claudia Antunes. Segue abaixo a íntegra da publicação:

A história vista de baixo, sob a ótica das estratégias populares para driblar ou mesmo transformar em lucro as situações adversas, é o sentido que percorre "A Ressaca da Marujada - Recrutamento e Disciplina na Armada Imperial", livro que pretende levantar os antecedentes, na Marinha, da Revolta da Chibata, já no período republicano, em 1910.
Apresentada como tese de mestrado na Unicamp, a obra do historiador Álvaro Pereira do Nascimento, 37, foi premiada pelo Arquivo Nacional em 1999 e editada no ano passado.
Usando como fontes boletins policiais e processos submetidos ao Conselho de Guerra da Armada, Nascimento conclui que a rebelião comandada pelo marinheiro de primeira classe João Cândido Felisberto não foi um acontecimento isolado. Ao contrário, ela foi precedida de um clima de inquietação constante entre a marujada, na época do Império, e de pelo menos três rebeliões em navios de guerra depois de 1889.
O mais interessante, porém, é que as fontes usadas por Nascimento desvendam a mistura de atração e de repulsa exercida pelo serviço militar nos marinheiros, que naquela época vinham dos estratos mais desfavorecidos da sociedade -ex-escravos, filhos de escravos e uma minoria de brancos muito pobres.
Ao mesmo tempo em que eram submetidos, na Armada, a um regime draconiano de disciplina, com castigos corporais constantes, esses homens viam no alistamento ou no recrutamento forçado (usado pela polícia para "limpar" as cidades de desempregados e de infratores) "caminhos para conquistarem suas liberdades". Uma vez em serviço, eles não abriam mão, mesmo sob punição física, dos "valores e costumes construídos nas ruas" -a turma, as mulheres, a bebida-, o que os levava a infringir as regras da oficialidade.
"A Ressaca da Marujada" está dividida em três partes. Na primeira, a partir do processo a que foi submetido em 1873, no Conselho de Guerra, o oficial José Cândido Guilhobel, Nascimento descreve a prática do "tribunal do convés". Numa analogia com o que chamaria hoje de "tribunal do camburão", o historiador mostra como, nos navios do Brasil imperial, os oficiais julgavam e puniam, passando por cima dos códigos escritos de Justiça.
Num caso que Nascimento considera atípico, Guilhobel foi levado a julgamento (e absolvido) por submeter um marinheiro a 500 chibatadas de uma só vez, quando o máximo permitido eram 25 chibatadas por dia. Em sua defesa, o oficial argumentou: "Será lógico e justo que eu responda por aquilo que já encontrei como praxe a bordo dos navios de guerra?"
Na segunda parte, o historiador mostra como era feito o alistamento no século 19. À falta de voluntários, prevaleciam o recrutamento forçado, feito pela polícia, e o arrolamento de menores, que passavam antes por escolas de aprendizes. O serviço militar era considerado um castigo, mas Nascimento enumera casos em que homens presos por "arruaça" optavam pelo alistamento, para escapar da cadeia.
Na última parte do livro, dedicada aos tempos conturbados que marcaram a Abolição e a transição para a República, Nascimento mostra como os marujos usaram o "privilégio" da farda para acertar contas, nas ruas do Rio, com policiais repressores. O historiador ressalta que os marinheiros não se movimentaram em prol da monarquia, apesar de a corrente majoritária da historiografia destacar a simpatia dos negros pela família imperial.
Eufóricos, no segundo dia da República, com o decreto que aboliu os castigos corporais na Armada, os marujos logo se sentiram traídos por uma medida que, cinco meses depois, restabeleceu essas punições.
Portadores de uma nova consciência política, eles deram início a uma série de motins, culminando com a revolta liderada pelo "almirante negro". Nela, cita Nascimento, os marinheiros não reclamavam somente o fim da chibata, mas "os direitos sagrados que as leis da República nos facultam" -e que ainda deve a muitos de seus cidadãos.



Leia mais:
Edição da Revista O MALHO, que publicou o contexto sob o ponto de vista do governo e de parte da sociedade, na Capital da República, à época. Link a baixo:
http://omalho.casaruibarbosa.gov.br/revista.asp?rev=429&ano=1910

NASCIMENTO, Álvaro Pereira  - A ressaca da marujada: recrutamento e disciplina na Armada Imperial. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2001

Veja mais detalhes no site abaixo, onde importantes documentos e matérias estão disponíveis. a baixo:
 http://www.arquivoestado.sp.gov.br/exposicao_chibata/
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sexta-feira, 6 de maio de 2011

I Conexão Baixada - 16 a 20 de maio de 2011



Colaboração de Ane Alves*

A Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro - UFRRJ Convida para I Semana da Baixada - Conexão Baixada: Dialogando e Interagindo 16 a 20 de maio de 2011.

O Pet Conexão Baixada IM, fruto da fusão dos programas Conexões de Saberes (PCS) e Educação Tutorial (PET), mediante a articulação entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão, busca contribuir com a formação acadêmica e cidadã dos estudantes do Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Propõe a Semana da Baixada sob o título Conexão Baixada: Dialogando e Interagindo como uma das possibilidades de criação de um espaço de interlocução entre os diversos protagonistas das histórias e culturas na Baixada Fluminense/RJ e o ambiente universitário. Trata-se de um encontro ao longo de uma semana onde estarão presentes, dialogando e interagindo professores, pesquisadores, alunos universitários e da escola básica, artistas, produtores culturais e os mais variados grupos culturais da região.

O Instituto Muldisciplinar - UFRuralRJ, fica na Avenida Roberto Silveira, s/n. Centro - Nova Iguaçu, próximo ao Viaduto da Posse e a garagem da Linave.

Segue abaixo a programação
Dia 16 de maio (segunda-feira)
18h às 18:30h (Atividade 1) – Abertura
Expositores:
- Profa. Dra. Nídia Majerowicz – Pró-Reitora de Graduação da UFRRJ
- Prof. Dr. José Cláudio de Souza Alves - Pró-Reitora de Extensão da UFRRJ
- Profa. Dra. Leila Dupret - Diretora IM/UFRRJ
- Prof. Dr. Otair Fernandes de Oliveira - PetConexõesIM_Baixada
19h às 21h (Atividade 2) – Mesa: Baixada Fluminense: espaços, histórias e identidades
Debatedores:
Profª Dra. Lúcia Helena Pereira da Silva (UFRRJ)
Profº Dr. Álvaro Pereira Nascimento (UFRRJ)
Sr. Roberto Lara (compositor, cantor, gestor e produtor cultural)
Mediadora: (graduanda em Pedagogia e petiana)
Dia 17 de maio (terça-feira)
14h às 17h (Atividade 3) - Cine Baixada I – apresentação dos filmes: “Nunca fui, mas me disseram” e “A casa da pantera”
Debatedores:
Prof. Dr. Mauro Sá Rego Costa – Coord. do Laboratório de Rádio da FEBF/UERJ
Prof. Dr. José Cláudio de Souza Alves - Pró-Reitora de Extensão da UFRRJ
Mediadora: Thamires Cristina (graduanda em História e petiana)
18h às 21:00h (Atividade 4) - Estudando a Baixada I: apresentação de pesquisas com temas relacionados à Baixada Fluminense
Mediadora: Giselle Florentino (graduanda em Ciências Econômicas e petiana)
Dia 18 de maio (quarta-feira)
08h às 15h (Atividade 5) – Atividade externa: Caminhada Ecológica na Reserva Biológica de Tinguá
Organização: PET do Curso de Geografia (PetGeo) e alunos do curso de Turismo
16h às 18h (Atividade 6)
Oficina - Os filmes da minha vida: fazendo cinema em uma escola da Baixada
Grupo de Pesquisa Estudos Culturais em Educação e Arte. Coord: prof. Dr. Aristóteles Berino
18h às 21h (Atividade 7)
Estudando a Baixada II: apresentação de pesquisas com temas relacionados à Baixada Fluminense
Dia 19 de maio (quinta-feira)
14h às 17h (Atividade 8) - Cine Baixada II: curtas baixadas!
Apresentação de curtas metragens sobre a região, seguida de debate com os produtores e professores convidados.
- As Belezas da Baixada e outros (IPAHB)
- Preconceito contra nordestinos (Valter Filé)
- Mães do Hip Hop (Enraizados)
- Não piche. Pinte! (Geania Maria)
Participação dos produtores e profs. do IM (Aristóteles e Valter Filé)
Mediadora: Olivia Cascardo (graduando em História e petiana)
18h às 21h (Atividade 9) - Lançamento de livros com participação do autores do IM e da região (Ney Alberto, Paulo Santos) que têm a Baixada Fluminense como tema.
Dia 20 de maio (sexta-feira)
Mostra Cultural – A Baixada se levanta, agiganta e nos encanta!
Apresentação de teatro, música, dança e poesia de grupos diversos que promovem a cultura na Baixada (Auditório).
Atividade 11 (permanente)
Exposição: Imagens da Baixada (Paulo Santos - fotógrafo), Impressionismo na Baixada.
** As atividades 8, 9 e 10 terão programação à parte.

Inscrições
:
Para se inscrever, em quaisquer atividades da programação, baixe a ficha de inscrição, preencha-a com atenção, envie para: inscricaosemanabaixada@yahoo.com.br e aguarde confirmação. Inscrições limitadas para as atividades 5 e 6.
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* Ane Alves é Produtora Cultural formada pela IFRJ e membro do Conselho de cultura de Nova Iguaçu

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Retrocesso em Meriti - Cultura retorna à Educação

Flyer promocional de inauguração da Lona - foto de artistas apenas para divulgação


Esse é o desdobramento do artigo publicado em fevereiro, citando as mudanças previstas para a cultura em São João de Meriti.

Em reunião que ocorreu no dia 18 de abril, o Prefeito Sandro Matos anunciou a fusão Educação/Cultura. E disse ainda mais. Que através dessa junção, seria justificável a utilização dos recursos destinados ao FUNDEB para aplicação em eventos e demais projetos culturais na Cidade. As atividades voltadas à Educação Musical estariam neste ano sendo direcionadas paulatinamente a um local alternativo a ser determinado em breve, segundo declarações da Secretaria de Cultura. Na última sexta-feira 29/04 então, foi inaugurada a Lona Cultural Serginho Meriti, em homenagem a esse grande compositor do Município. O local, no entanto, não apresenta a infra necessária um show de médio porte por exemplo, devido as condições da própria lona, que é no padrão circo mesmo, sem vedação acústica ou mesmo fechamento do entorno, que proteja de intempéries como vento e chuva. Nesse caso, a utilização desse espaço para aulas de música torna-se inviável. Salvo a apresentação formal de um local que apresente as condições mínimas de funcionamento das disciplinas musicais.

À medida que informações diferentes às citadas surjam, divulgaremos com a maior satisfação. No momento, fica apenas mais uma marca do retrocesso na Política de Cultura em um dos maiores municípios da Baixada Fluminense.

sábado, 23 de abril de 2011

Mesquita prepara seu Sistema Municipal de Cultura

O Sistema Nacional de Cultura preconiza que todos os Municípios interessados em receber recursos do Fundo Nacional de Cultura, devem elaborar e implementar seu Sistema Municipal. A Secretaria de Cultura de Mesquita está retomando as discussões sobre o Sistema Municipal de Cultura. As deliberações que servirão de referência, já foram dadas pelas duas Conferências Municipais já realizadas (25 a 27 de abril de 2008 e 16 e 17 de outubro de 2009), onde eu participei como consultor e diversos seguimentos da cadeia produtiva da Cultura na Cidade se fizeram presente, contribuindo significativamente para os objetivos preconizados pelo Ministério da Cultura, sociedade civil e agentes culturais de Mesquita.

Tive o privilégio de acompanhar as discussões que geraram a última edição do texto que originou o Plano Nacional de Cultura apresentado no Congresso Nacional, bem como a apresentação do texto final do Sistema Nacional de Cultura, no Salão Gustavo Capanema - FUNARTE. Agora, um ano e meio depois da última Conferência Municipal, nosso dever é acompanhar junto à Secretaria os desdobramentos, já que pretendemos entregar à nova Gestão Municipal um Município que olhe para si e goste do que vê. Essa cara que ainda está para se formar depende do nosso acompanhamento.

Segue abaixo o link do Ministério da Cultura onde é possível baixar o Manual de Elaboração do Plano Municipal de Cultura, de maneira que os Municípios se alinhem ao que preconiza o Sistema Nacional.

http://blogs.cultura.gov.br/snc/2011/01/19/guia-de-orientacoes-para-os-municipios/

Para maiores informações em relação a quantas andam a elaboração do texto, procure a Secretaria Municipal de Cultura de Mesquita: 2696-2650 ou pelo emailcultura@mesquita.rj.gov.br

Um abraço,

Ivan Machado


quarta-feira, 20 de abril de 2011

Em Mesquita, Espetáculo CORINA, UM SONHO DE LIBERDADE



No dia 29 de abril, às 15h30, na Sala de Cinema Zelito Viana, Anexo à Prefeitura de Mesquita (Centro), única apresentação do espetáculo: Corina, um sonho de liberdade, inspirado na Lei Maria da Penha. Após o espetáculo haverá um debate.

No elenco: Adriana Rolim, Lorena de Angola e Tati Campos

Espetáculo de Ricardo Andrade Vassíllevita

Informações: 2797-2054

Entrada franca!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Cultura e Comunicação – Algo mais que simples interface


(por Álvaro Maciel – Rio 13/04/2011)

Hoje recebi do meu chará, Álvaro Neiva, um email informando que o Setorial de Comunicação e Cultura do PSOL lançou o seu blog, http://psolcomcultura.org/,
que trará informações sobre o cenário da luta pela democratização da comunicação e cultura no Brasil, divulgará atividades dos movimentos da área e pode, ainda, debater outras questões importantes a conjuntura nacional e internacional, a partir de sua interface com a comunicação e a cultura.
Em primeiro lugar não vamos confundir Comcultura do Psol com o ComCultura - Comissão Estadual de Gestores Públicos de Cultura do Rio de Janeiro - da Maria Amélia, Marta Fonseca, Sônia Cardoso, Cleise Campos, Roberto Corbas (em memória) e tantos outros.
Esse email quase me passou batido, não fosse a sigla Psol ali me informando que há outras militâncias ativas e que esse momento “pós Lula” tem algo de diferente no ar, quanto às relações intra e inter-partidárias.
As atividades promovidas pelos movimentos sociais de forma simultânea nos leva ao convívio democrático com lideranças de diversos partidos. As Redes estão aí, disponíveis. Não obstante tenho dito que o simples uso da tecnologia não significa avanço nas relações sociais, podendo até, em alguns casos, significar retrocesso. Quando os “movimentos”se reúnem, através dos mais variados fóruns e atividades, promovem o encontro de militantes de partidos diferentes e também representantes da sociedade civil.
O resultado é a possibilidade de maior diálogo entres as bases desses partidos, fenômeno que poderá se multiplicar e ganhar uma força jamais vista na história do país. A inclusão digital, mesmo lenta e problemática, somada ao acesso a celulares e afins, formam um conjunto de canais de comunicação cuja força já começa a transformar algumas estruturas políticas existentes. Uma delas são os debates de Cultura e Comunicação, que hoje se espalham por todos os estados da Federação. Juntos, esses campos proporcionam novos rumos para o debate e o surgimento de propostas mais abrangentes e com força política redobrada.
Algo mais que simples interface: hoje, a grande maioria dos participantes desses foruns, afirma que a democratização da Cultura perpassa pela democratização da Comunicação e vice versa. A expressão “fortalecimento da democracia” poderia ser substituída por “fortalecimento e promoção do diálogo entre partidos políticos e os movimentos sociais”, onde Cultura e Comunicação são fundamentais. Tomara que os dirigentes partidários redescubram o verdadeiro valor das bases da militância, conceito um tanto quanto fora de moda, ultimamente.
Abraços Culturais

Alguns membros do Setorial de Cultura do PT/Regional RJ
Álvaro Maciel é o atual Secretário Estadual de Cultura do PT/RJ