segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Em defesa da permanência do Ministério da Cultura


CARTA ABERTA FICA MINC:
Em defesa da permanência do Ministério da Cultura


O Fórum de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura do Brasil lançou ontem uma carta aberta, manifestando a preocupação e o repúdio de gestores e agentes culturais ao anúncio de extinção do Ministério da Cultura - MinC.

Existem várias justificativas para a pleito de agentes culturais e artistas brasileiros, em prol da permanência do Ministério da Cultura. No entanto, deixo aqui um brave texto relacionado ao montante de recursos movimentado pelos trabalhadores da Cultura, resumindo parte da Carta Aberta Fica MinC, disponível no link logo após o texto:

"A Cultura não pode e nem deve ser considerada um bem menor para uma Nação. Ela é constitutiva da identidade nacional e da preservação de sua história e suas raízes. Cultura é educação, aprendizagem, crenças, música, poesia, nossos costumes e hábitos, é a totalidade que abrange o comportamento individual e coletivo de uma nação.O PIB da economia criativa do mundo cresceu 8.6% por ano de 2003 a 2012, enquanto o resto dos setores estagnou em 2.1%. A oferta de atividades culturais em espaços de base comunitária reduzem 1/3 da violência e abre novas portas para a juventude.

O simples fato de transformar a cultura numa secretaria dentro de um outro ministério, coloca correnteza abaixo todas as conquistas do povo brasileiro.

Por isso que nós, Artistas, produtores culturais, esperamos sensibilizar o novo presidente eleito para que reconheça o bem cultural desse país e a importância do valor imaterial e histórico da Cultura e de se manter o nosso MinC com status de Ministério. Sendo assim estará mantendo a história viva de um povo."


(texto extraído da página do ator Paulo Betti, no Facebook)

Baixe aqui a íntegra da Carta Aberta Fica MinC:

#ficaminc
#nãoaodesmontedacultura

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

ALMIR COMEMORA ZUMBI 2ª EDIÇÃO



Seu Almir, dono do bar e incentivador do evento
O evento “Almir Comemora Zumbi” é um encontro de militantes do movimento negro,  artistas, produtores e agentes culturais da Baixada Fluminense, em celebração pelo Dia da Consciência Negra, que nessa segunda edição foi realizado no dia 20 de novembro, último dia do feriadão.

Os Coletivos Gestar, Caldo de Cultura, Centro de Cultura Popular da Baixada Fluminense, Fulanas de Tal e CEAP, além de aproximadamente cem pessoas, se encontraram no Bar do Almir, comerciante negro, cujos pais trabalharam nos laranjais iguaçuanos. Esses coletivos convidam a população em geral para fazer desse evento um marco na Região, focando na história e memória da população negra que sempre compôs a força de trabalho que gera desde sempre a riqueza de nosso estado fluminense.

Assim, retratar um pouco da história e da cultura que envolve o antigo Recôncavo da Guanabara é o principal objetivo desses amigos e admiradores de nossa cultura, retratada não pelos tradicionais “vultos históricos”, mas a partir de seu povo trabalhador e criativo, que encontrou um lugar de acolhimento em Nova Iguaçu, cidade que consideramos como “Cidade-Mãe da Baixada Fluminense”, desde antes das primeiras emancipações na década de 40 do Século XX.
Pinga, compositor de Bezerra da Silva, nos emocionou


O Bar do Almir, que tem cinquenta anos de tradição, fica na Rua Ione Torres Ennes, 86- Centro, Nova Iguaçu e o evento. que tem entrada franca, teve início às 11 horas. Na ocasião foi servida uma deliciosa feijoada no valor de R$ 20,00. Na versão do ano anterior o encontro contou com cerca de cem participantes, número esse que deve ser superado nessa edição.

Ewerson do Caldo de Cultura, com Geisa Ketti e seu neto Pedro
A programação contou com exibição de curta metragem, poesia, esquetes teatrais, roda de samba, exposições de arte, lançamento de livros e, para a criançada, brincadeiras infantis, contação de história e pipoca. Ainda que o evento conte com animadores e artistas voluntários, é importante observar que o cuidado com as crianças contou com a exclusiva responsabilidade dos pais.

As pessoas interessadas em ter maiores informações sobre nosso encontro, podem fazer sua reservas antecipadas com a produção evento através do watssap: 21 97980-9001.


Equipe de produção e alguns dos artistas convidados



sábado, 3 de fevereiro de 2018

4ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DE CULTURA - RJ


Ivan Machado - Presidente do CEPC

Esse é um momento de consolidação de crise e incertezas no campo da política, no estado do Rio de Janeiro.  Em um momento ímpar de convergência, sociedade civil, representada pelo Conselho Estadual de Politica Cultural - RJ, juntamente com a Secretaria de Estado de Cultura, fazem história, andando de mãos dadas, para viabilizar de forma exemplar o que a democracia determina.
Segue abaixo texto produzido por Cleise Campos (Superintendente de Políticas Culturais da SEC-RJ), em relação ao que representa e o que devemos esperar da 4ªCEC-RJ
  
O Estado do Rio de Janeiro aprovou em 2015 a sua Lei de Cultura, garantindo a implantação  do Sistema Estadual de Cultura RJ (Lei 7035/2015), com notada mudança no âmbito das políticas culturais, agregando os 92 municípios em prol da cultura fluminense. Dentre as peças integrantes do Sistema Estadual de Cultura do RJ (SIEC RJ), localizam-se as Conferências municipais, intermunicipais, regionais e a estadual de cultura. 
Cleise Campos e Ivan Machado - logomarca da 4ªCEC-RJ
As Conferências são espaços destinados ao encontro da sociedade civil e poder público, com o objetivo de debater e propor políticas, com programas a serem aplicados. É fundamental espaço para avaliação  das políticas públicas, considerando o que foi implementado para gerar novas ações. A 4ª Conferência Estadual de Cultura do RJ é momento  de consolidação da política cultural vigente, com interação dos protagonistas do setor, onde se “confere” o que foi realizado, projetando o que virá, e ainda, a eleição de delegados para etapa Nacional.
 As propostas em discussão na 4ª CEC RJ tem um peso relevante no cumprimento do Plano Estadual de Cultura do RJ, aprovado como anexo único da Lei 7035/2015, em especial, o acompanhamento das metas e ações no  conjunto de diretrizes e estratégias distribuídas nos seis eixos temáticos. Também em pauta a apreciação dos Planos Setoriais dos Segmentos Artísticos e dos Planos Regionais, outras peças integrantes do SIEC RJ.
 Com a convocação da 4ª Conferência Estadual de Cultura publicada recentemente no Diário Oficial do ERJ, os municípios que realizam  suas conferências municipais devem estar em sintonia  com o  Sistema Estadual de Cultura do RJ (SIEC RJ), dialogando com  o tema e sub temas da etapa estadual e nacional. A Secretaria de Estado de Cultura do RJ (SEC RJ) disponibiliza nos próximos dias um manual com passo a passo para auxiliar  na realização das conferências municipais, importante iniciativa de algumas cidades na realização dos seus encontros locais. 
 Nesse calendário valoroso de conferências, em articulação direta com o Sistema Nacional de Cultura, cabe bem resguardar atenção ao chamado “CPF da Cultura”, em referência a instalação e funcionamento do Conselho, Plano e Fundo de Cultura, fortalecendo uma dinâmica sistêmica das políticas culturais em todo Estado e no Brasil.
 As etapas regionais nos meses de fevereiro, março, abril e maio além da etapa final da 4ª CEC RJ de 2018, nos dias 01 e 02 de junho, sob coordenação da SEC RJ, envolvem vários parceiros, com destaque para Entidades Culturais, Movimentos de Cultura, Artistas, Produtores e Animadores Culturais, Arte Educadores, Pesquisadores, Instituições de Ensino, Conselho Estadual de Política Cultural do Rio de Janeiro (CEPC RJ), Prefeituras e Ministério da Cultura. 
 Para mais informações sobre as conferências, e ainda, conhecer em  detalhes o funcionamento do Sistema Estadual de Cultura do RJ, suas outras peças integrantes e demais instrumentos de gestão (Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura do RJ e o Programa Estadual de Formação e Qualificação Cultural do RJ), acesse o portal Cultura.RJ
 Desânimo com a política Brasil? Alto grau de desestimulo com o ano eleitoral? Compreensivo. Bastante compreensivo (às vezes cansa de muito). 
Mas ainda assim, uma ponderação: Atravessamos nos recentes anos positivo  momento de transformação na política cultural fluminense, a partir da aprovação da Lei 7035/2015. Tal momento pode ser ainda mais ampliado, uma vez apropriada a Lei de Estado de Cultura RJ - Garantia de mais acesso as artes e aos bens culturais para tod@s, onde a cultura se configura como vetor fundamental de desenvolvimento, em boa composição com o exercício da cidadania. Cultura é direito.

Participe da 4ª CEC RJ: Vamos conferir? 

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

CEPC: Novos e antigos rumos para a Cultura no Estado do Rio de Janeiro



No dia 31 de outubro de 2017 foi eleita a nova presidência do Conselho Estadual
de Políticas Culturais, tendo Ivan Machado como residente e Geiza Ketti como vice-presidente. Em uma eleição realizada entre seus membros, o CEPC elegeu a Chapa 2 com maioria de votos,  com posse festiva realizada no Cultural Bar (Nova Iguaçu), no dia 14 de novembro, de modo a manter uma aproximação entre gestores públicos de cultura e sua base social, além de configurar um tipo de relatório de gestão do primeiro período, quando o governo ocupava a presidência do Conselho, na pessoa da artista bonequeira e professora Cleise Campos. Na ocasião foi também entregue o prêmio Música.com a Rogério Costa, por fomentar a fruição da obra musical de compositores de dentro e fora da Região da Baixada fluminense. Nesse dia 14 esteve presente o então Secretário de Estado de Cultura André Lazaroni, além de Zaqueu Teixeira, Presidente a Comissão de Cultura da ALERJ.

Geiza Ketti ao lado de Ivan Machado, tendo Lazaroni ao fundo (foto: Jorge Ferreira)

 Conforme previsto em seu Regimento Interno, o CEPC inicia a segunda metade do biênio 2016-2018 tendo a sociedade civil à frente da mesa diretora, exatamente no momento em que se iniciam as movimentações na direção da realização da 4ª Conferência Estadual de Cultura. Desde 2015, quando foi publicada a Lei 7035/15, que versa sobre o Sistema Estadual de Cultura, muito se avançou em relação a consolidação de questões relacionadas ao SIEC. No entanto, o entendimento do CEPC é que o ano de 2017 trouxe importantes avanços para o conjunto de  marcos regulatórios da Cultura.